Bolsonaro realiza entrega de título de posses a agricultores familiares

O alcaide federal Jair Messias Bolsonaro comentou na data de 14 de maio, que a situação do país poderia estar ainda pior se os trabalhadores do campo tivessem parado suas atividades em decorrência da pandemia. Mais uma vez, ele voltou a criticar as medidas de isolamento social. A afirmação foi feita durante a cerimônia de entrega de 307 títulos de posse de terra para agricultores familiares da comunidade Santa Mônica em Terenos (MS). E o presidente diz mais. 

“Se vocês do campo tivessem ficado em casa, a exemplo do pessoal engravatado das cidades, as cidades teriam sucumbido”, fala ele aos agricultores que participaram do evento, ao destacar que é a produção deles que alimenta o povo brasileiro. Bolsonaro acrescentou que os gastos com auxílio emergencial endividaram o país em R$ 700 bilhões “para atender questões da pandemia”, e que, “só de [gastos com] auxílio emergencial foi o equivalente a dez anos de bolsa família”. 

Ele dispara que agora se faz uma CPI [comissão parlamentar de inquérito] em Brasília e opina. "Isso não é para apurar propina da vacina. Se faz uma CPI com aquela composição para apurar omissões no governo federal, mas que, na hora de convocar governadores, ela é contra”, argumentou.

Fazendo presença no evento da entrega dos títulos, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, lembrou que, com os 307 títulos fundiários entregues hoje no Mato Grosso do Sul, o governo já contabiliza, desde 2019, 3.296 documentos de titulação definitivas e provisórios emitidos no estado. 

“A partir de hoje, esses produtores são independentes e podem fazer o que quiserem [com a terra] porque o título é de vocês. Vocês são donos da vida de vocês”, afirma ela anunciado a assinatura do programa Titula Brasil, criado para apoiar a titulação de assentamentos e de áreas públicas rurais da União e do Incra.

Voltando com a palavra, o presidente também destaca que o país vive uma crise hidrológica devido à dificuldade para passar linhas de transmissão de energia elétrica em territórios indígenas. E ele fala sobre gastos de dinheiro público por conta da referida situação. "Por causa disso, gastamos mais de R$ 1 bilhão por ano em subsídio para que o povo de Roraima tenha energia elétrica.”