A prefeitura de São Sebastião enviou um projeto à câmara de vereadores, o qual possibilitaria a aquisição de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal em benefício dos desabrigados da tragédia ocorrida em fevereiro último.
Para ter sido aprovado e continuidade à ação em benefício daqueles que têm urgência de ajuda financeira, o projeto deveria ser colocado em pauta e obter maioria de votos na câmara de vereadores de São Sebastião, o que estranhamente não aconteceu.
O projeto em questão sequer foi colocado em pauta pelo presidente da casa, vereador Marcos Fuly, nem foram convocadas sessões extraordinárias para tal fim.
Descabida, a desculpa dada pelo chefe eleito da casa legislativa foi que ”o município não pode se endividar mais ainda, e que as obras necessárias deveriam usar recursos provenientes de outro empréstimo feito há pouco tempo”.
Esta informação pode ser contestada num simples acesso ao portal da transparência municipal, onde consta a redução drástica na arrecadação do município entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023.
Ao desconsiderar o projeto, o atual presidente da câmara e demais vereadores desconsideram também a urgência de construção de muros de arrimo, execução de obras de prevenção de riscos, drenagem e contenção de encostas, além de toda providência que tal recurso disponibilizaria.
Além disso, Fuly acusa a prefeitura de uso político no tocante à contratação de moradores da cidade para trabalharem em seus respectivos bairros de moradia, promovendo limpeza e restauração.
As admissões vão levar em consideração critérios sociais (renda familiar e necessidade) e serão acompanhadas por uma comissão de transparência, a qual é formada por vereadores de São Sebastião.
O atual momento pede que diferenças políticas - e até pessoais - sejam deixadas de lado em prol de um bem maior para aqueles que foram atingidos pelo desastre causado pelas chuvas. Essa é uma ótima oportunidade para a câmara de vereadores de São Sebastião melhorar a sua imagem diante da população e fazer algo realmente útil no momento em que nós da população mais precisamos.