Quinta, 02 de Maio de 2024
Cidades Vai demorar

Cinco meses após a tragédia de fevereiro, trecho desabado da Estrada Beira em Boiçucanga tem previsão de no mínimo seis meses para reconstrução

Prefeitura atribui a demora no início das obras ao processo licitatório e ao prefeito Toninho Colucci de Ilhabela

18/07/2023 16h20
Por: João Paulo Carrilho
Trecho que desabou na tragédia de 19 de fevereiro na Estrada Beira Rio em Boiçucanga
Trecho que desabou na tragédia de 19 de fevereiro na Estrada Beira Rio em Boiçucanga

Umas das tantas marcas deixadas pela tragédia de 19 de fevereiro foi o desabamento de um trecho da Estrada Beira Rio em Boiçucanga. Desde então o acesso à veículos está impossibilitado, trazendo assim bastante transtorno aos moradores que precisam trafegar pela área.

A única maneira de passar é a pé, e mesmo assim com alto risco de quedas e tropeções. Quem mora adiante ao trecho bloqueado precisa dar a volta pela estrada do Cascalho, aumentando o tempo de percurso.

 

José Mendes, morador da Estrada Beira Rio diz não entender  ”o por quê de tanta demora na execução de uma obra tão urgente e necessária”.

 

Questionada pela reportagem, a prefeitura de São Sebastião alega que “existe procedimento licitatório aberto, em fase interna do processo, para contratação de empresa especializada em serviços de engenharia para realização das obras de contenção do talude e recomposição de via. A pretensão é de que o procedimento licitatório esteja finalizado no prazo de 45 dias. Após conclusão da licitação, o prazo para execução da obra é de aproximadamente 180 dias. A SEO informa, também, que a demora para a realização da obra se deve ao tempo necessário ao desenvolvimento de projetos e à liberação de recursos. A Secretaria destaca que, apesar da interrupção e transtornos, a comunidade não se encontra isolada, pois há outro acesso ao local“

 

Já o prefeito Felipe Augusto afirma que grande parte dos transtornos ainda enfrentados pela cidade, em relação aos investimentos necessários para as pessoas que foram afetadas pelas chuvas, se dá principalmente em razão da não liberação dos royalties – bloqueados judicialmente por Ilhabela. "O prefeito de Ilhabela está prejudicando a população de São Sebastião. Nosso poder de investimento para recuperar as áreas devastadas pelas chuvas de 19 de fevereiro precisa ser resolvido com celeridade, o povo não pode sofrer por causa de decisões judiciais erradas". Felipe Augusto salientou ainda que Toninho Colucci já foi condenado em cerca de R$ 30 milhões por litigância e má-fé nesse processo dos royalties.

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